Túlio Tavares em exposição dia 25 de Junho de 2013 -Terça

Abstração


Uma exposição quando bem concebida não requer curadoria. Quando existe diálogo entre todos os envolvidos, quando existe interesse na promoção da arte contemporânea emergente, quando existem critérios no espaço, quando existe uma genuina vontade de desenvolver a carreira do artista e assegurar uma exposição generosa ao público, o resultado é bom para todos. Embora a figura de um curador, em geral, agregue valor a exposição e eles sejam relevantes em grandes organizações, não é sempre necessário dar tanto destaque a uma figura que pode ser coadjuvante. Estamos particularmente contentes com esta exposição porque fomos agentes do processo, incentivamos vigorosamente o artista a executar estas pinturas, que nunca teriam sido feitas, pelo menos tão cedo, se não fosse nossa insistência com o amigo. As pinturas apresentadas lembram logo de cara Pollock, o que revela coragem em seguir esta referência, mas Túlio Tavares não joga tintas de maneira oportunista porque faz pinturas gestuais há mais de 15 anos, dentre outros inúmeros projetos cutting edge. Ainda assim tem sua própria técnica, diferente do dripping: usa jatos de bisnaga e espalha tintas com as mãos, num gesto ritualístico e de imersão na matéria. Agradeço a todos que acreditam na Aberta Galeria, em particular Túlio Tavares, a Karen Keppe, Rogério Borovik e Samira Br.

Ricardo Ramalho





Túlio Tavares 
      

Túlio Tavares recentemente inaugurou o novo MAR (Museu de Arte do Rio de Janeiro) com uma instalação de co-autoria com diversos coletivos que trabalharam em ocupações. Ele coordena o coletivo Nova Pasta, que agrega diversos artistas. Mistura em seu portifólio desenhos, pinturas, vídeos, fotografias, produção de performances políticas, intervenções urbanas, performances, manipulações da mídia, projetos curatoriais e mostras de arte contemporânea em espaços oficiais e alternativos.