Rogério Borovik passa a ser representado pela Aberta Galeria, em 21 de Abril de 2013, acesse o link da galeria, que é parceira deste Instituto! www.abertagaleria.blogspot.com.br
A exposição “Tirando das gavetas: as colagens escondidas de Rogério Borovik” é um recorte bem fechado de sua produção, o artista também faz video, performances, desenhos, stencils, arte digital, arte eletrônica, esculturas e pinturas. Com mestrado em Comunicação e Semiótica seu perfil de realização é do tipo experimental erudito. As colagens foram produzidas desde 1995 até 2012. Desde 1997 participa do grupo de colagens e performances Neo Tao. Um dos artistas de maior referência para sua produção é o modernista alemão Kurt Schwitters por sua "perseguição coerente e ininterrupta do princípio da colagem" (Karin Orchard). Este recurso de apropriação de elementos aparece nos mais diversos suportes artísticos de Rogério Borovik, desde os videos até as esculturas. Nesta exposição a seleção teve como critério a forma mais pura e clássica de colagens, em obras bidimensionais de parede. A curadoria teve a preocupação de enquadrar o artista, dentro de uma estratégia de exposição mais conservadora, como convém ao circuito contemporâneo, e potencializar o conhecimento público sobre a coerência de sua obra.
Algumas composições entram no terreno da assemblage, pela acumulação e saturação de objetos tridimensionais, quando a percepção abstrata se torna mais figurativa, embora mantenha o esvaziamento da função original dos itens no quadro. Quando questionei "de que maneira sua produção se distingue do modernismo?", Borovik explica que seu processo de criação busca a idéia de "juntar os cacos", pela reciclagem e reconstrução de objetos. Desta forma, seu interesse está voltado para uma espécie de processo de análise, triagem, dissecação e síntese de memórias em objetos, tidos como preciosos. No modernismo a colagem questionava de maneira impessoal a distinção entre pintura e escultura, e a distinção entre o figurativo e o abstrato, já Borovik usa a colagem menos como bandeira de um ideário artístico e mais como plataforma estruturante de uma visão contemplativa, particular, biográfica e intimista sobre o cotidiano.
curadoria Ricardo Ramalho
Abertura: 19 Dezembro 2012, 20h, até 3 Fevereiro, 2013.
Visitação: segunda a sexta 14 às 20h, ou com hora marcada.
Visitação: segunda a sexta 14 às 20h, ou com hora marcada.